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DOCUMENTÁRIO. O início de tudo...
Lá atrás em 1890 e pouco, quando os franceses Lumière "inventaram o cinema", esse foi o formato inicial. Os PRIMEIROS FILMES não passavam de cenas do dia-a-dia filmadas em um único plano. Só anos mais tarde os americanos* desenvolveriam a ficção (* uma das versões).
Nesses meus anos de fã, estudante e OBSERVADOR da ARTE, vi muita coisa... boa, ruim, ótima... ESCOLAS de cinema, grandes DIRETORES, MOVIMENTOS de vanguarda tudo isso se cristalizando em algum lugar aqui na minha cabeça e criando um "modelo de cinema".
O meu MODELO.
Um parâmetro, que aliado a meu gosto
pop-cool-brega-cínico se tornou uma ferramenta de crítica BASTANTE PESSOAL (alguns amigos dariam uma grande risada aqui
).
Mas nesses tempos de VHS, DVD e ROLOS de película nunca gostei de documentários.
Até um belo dia......em 1999 quando assisti a um filme que havia LIDO sobre. Um documentário, mas de tema interessante: a RELAÇÃO das pessoas de um MORRO do RJ com a RELIGIÃO.
Era SANTO FORTE, de um cara chamado EDUARDO COUTINHO.
Vi o filme de boca aberta.
Sai ENCANTADO da sala... Era o PRIMEIRO documentário que assistia em um cinema e era absolutamente incrível! SIM, era possível fazer um documentário sem ser chato, arrastado, cansativo (pelo menos na minha opinião). SÓ nesse dia entendi que havia
N possibilidades de se contar uma HISTÓRIA e que aquela, até então negada por mim, era a que mais me atraia...
Nesse DIA ao sair do velho ESPAÇO UNIBANCO DE CINEMA eu tinha, de certa forma, mudado meu caminho.
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